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CALAZAR: Número de mortes assusta Secretaria da Saúde

O trabalho de informar a população sobre os riscos da doença e é uma das maneiras de combater os índices.

OBS: A Baby Dog possui vacina contra a leishmaniose (popularmente conhecida como calazar), além de coleiras, shampoos e repelentes.

O Ceará já tem, apenas no primeiro semestre de 2011, 22 mortes confirmadas por leishmaniose visceral, o equivalente a 88% dos óbitos de todo o ano de 2010, que foram 25. Do total deste ano, dez aconteceram em Fortaleza. O número de casos de 2011 no Estado é 244, desses 102 na Capital. Em 2010, 581 pessoas foram infectadas com a do ença, das quais 262 em Fortaleza. Dados do Ministério da Saúde apontam que, no período de 2007 a 2010, foram notificados 1.958 casos.

Na Capital, a Regional I é a mais complicada. Bairros como Barra do Ceará e Álvaro Weyne, apresentaram seis e quatro casos da doença, respectivamente. O problema já se tornou de saúde pública em Fortaleza e preocupa a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). “Hoje, trata-se de uma endemia que já se estabeleceu na cidade”, ressalta o médico infectologista, Anastácio Queiroz.

Apesar de classificada como uma doença de caráter rural, desde 2006, a leishmaniose se urbanizou por causa da boa adaptação do mosquito ao ambiente das grandes cidades. Hoje, o flebototímeno é encontrado em 90% dos bairros de Fortaleza e se prolifera em matéria orgânica em decomposição. A migração das pessoas e dos cães para as cidades é uma das causas, segundo o infectologista. Os desmatamentos, os processos migratórios e o crescimento desordenado também contribuem para a expansão e alteração do perfil epidemiológico do calazar. E Fortaleza vem sofrendo as consequências dessa mudança de maneira intensa.

O problema é que os humanos e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmiti-lo a outros indivíduos ao picá-los. De acordo com o coordenador da leishmaniose do Centro de Zoonose de Fortaleza, Sérgio Franco, a preocupação é com os cães, cuja doença é grave, de curso lento, de difícil diagnóstico e de fácil transmissão, tanto para os animais quanto para os homens.

Prevenção

Hoje, ações de combate ao calazar giram em torno apenas da prevenção por meio da eliminação dos reservatórios. Os cães contaminados que possuam exames de comprovação laboratorial são submetidos à eutanásia, já que não tem como eliminar o transmissor, o mosquito, cujo habitat são plantas e territórios úmidos, locais de difícil acesso para o fumacê – usado para eliminar o mosquito da dengue.

O coordenador explica que os animais de rua são um risco, mas que o Centro de Zoonose não tem como recolhê-los, abrigá-los e realizar eutanásia nos que estão infectados, como era feito antigamente. “Hoje, a gente só faz isso com os animais domésticos que os donos nos procuram”.

A maior dificuldade enfrentada é a falta de diagnóstico precoce. “Alguns profissionais não têm contato com os doentes, por isso acabamos tendo problemas com a detecção do calazar”. Porém, Sérgio Franco destaca que o Município tem trabalhado com o soro K39 para realização do diagnóstico, o que agiliza e facilita o processo. Além disso, os sintomas são comuns a outras doenças: febre, dor de cabeça e apatia. O tratamento é feito com medicamentos. “Em algumas pessoas, parece uma infecção viral”, alerta o médico Anastácio Queiroz.

Saneamento

Outra ação é o saneamento ambiental e a conscientização da população para não acumular lixo. “A ideia é que todos os agentes de saúde que trabalham no combate à dengue possam ter a informação sobre o calazar e repassem”, frisa Sérgio Franco. As políticas ainda não surtiram efeito no combate à doença. “Mas, pelo menos, os números estão estáveis. Não ho uve um aumento. Estamos mantendo um patamar para que, daqui a dois anos, Fortaleza comece a reduzir o número de casos”, destaca.

Os hospitais São José, Valdemar de Alcântara e Albert Sabin são as unidades de referência em leishmaniose da Capital. Para detectar a doença, é preciso fazer exames específicos. Segundo Anastácio Queiroz, é necessário dar mais ênfase às unidades básicas de saúde para uma atenção maior ao calazar. “A doença aumenta a cada dia e, com ela, a dificuldade de controlar”.

FIQUE POR DENTRO

O que é a doença?

A leishmaniose visceral, conhecida como calazar, é transmitida ao homem, principalmente, por meio da picada do mosquito flebotomíneo. É uma doença crônica, de manifestação cutânea ou visceral, causada por protozoários flagelados do gênero Leishmania, que atacam as células de defesa do organismo, afetando a imunidade. Zoonose comum ao cão e humanos, apresenta risco de morte quando compromete órgãos como baço e fígado. A cura é de 95% no homem.

EUTANÁSIA EM ANIMAIS

Política de combate é questionada

Uma prática que vem sendo adotada pelo Município de Fortaleza para reduzir o número de casos da leishmaniose, que é a eutanásia dos cães, não tem surtido efeito. O número de casos não reduz. Até porque existe uma liminar, de 2009, que determina que o p rocedimento só pode ser realizado em animais comprovadamente terminais, com laudo veterinário que confirme a doença. Contudo, especialistas defendem que os cães podem, sim, ser tratados e curados, apesar de o Ministério da Agricultura e da Saúde se posicionarem contra.

Para a presidente da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa), Geuza Leitão, o tratamento com medicamento existe e é eficaz, mas falta interesse político para investir. “Ainda há a vacina que tem 92% de comprovação, mas que ainda não foi liberada pelo Ministério da Saúde”, afirma.

O problema é que, segundo o coordenador da leishmaniose do Centro de Zoonose de Fortaleza, Sérgio Franco, os animais continuam sendo reservatórios, mesmo após o tratamento.

“Aqueles cães que podem, devem fazer o tratamento porque a eutanásia não é uma política eficaz no combate à doença”, enfatiza Geuza. Até porque não houve redução dos números, ao contrá rio, eles só aumentaram. No que diz respeito aos animais sem dono, a presidente da Uipa recomenda que eles sejam eliminados, mas sem sofrimento.

De alguns anos para cá, o Centro de Zoonose tem diminuído a eutanásia por causa da liminar. Em 2011, 6.276 animais foram mortos, dos quais 60% estavam infectados por calazar. Já no ano passado, esse número era de 4.319. Em 2009, foram 5.905 animais. De acordo com Sérgio Franco, o cão é o principal autor da doença. “Quando se faz o tratamento contra a doença, estamos permitindo que o animal seja cobaia porque não é algo comprovado. O cachorro pode ficar bom, mas também pode ser que não fique. O tratamento é perigoso porque os cães continuam com o protozoário, mas que poderia ser feito em nível de universidade”.

Ele destaca, ainda, que o problema é que o processo de cura é proibido porque envolve medicamentos voltados para os humanos e, portanto, podem causar resistência ao parasita. Além disso, existe o contrabando e o desvio de remédios dos hospitais, no caso das pessoas que não têm condições de importá-los. “São utilizados produtos que não têm autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”.

O Brasil é o único país que opta pela eutanásia. De acordo com estudos realizados na Europa, o tratamento contra a leishmaniose não põe em risco a saúde pública, que é uma das alegações do Ministério da Saúde brasileiro para proibir o processo de cura. Pelo contrário, as pesquisas identificaram que quando se mata cães, mais aparece o calazar porque o mosquito transmissor (flebotomídeo) passa a picar o homem porque não tem mais seu vetor preferido. Existem dois tipos de cura: a parasitológica e a clínica. Esta última é que é possível nos humanos e animais.

Solução

Apesar de ser uma medida dispendiosa, a distribuição de coleiras pelos governos seria a solução mais eficaz, conforme especialistas no assunto, o que já foi comprovado em várias cidades de São Paulo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) coloca a eutanásia em terceiro lugar nas soluções para combater a leishmaniose. Como prioridade, está o saneamento básico, ambiental e o controle da higiene. Em segundo plano vem o combate ao mosquito transmissor.

Eutanásia

6,2 Mil animais for am mortos, este ano, pelo Centro de Zoonose de Fortaleza como forma de combater o calazar que tem números elevados na Capital.

Fonte: Diário do Nordeste

Cão para Adoção

ATENÇÃO: A Baby Dog não tem qualquer ligação com estes cães a serem doados. Apenas está repassando a informação, como forma de ajudá-los a arranjaram um lar. O telefone é para contato direto com quem está disponibilizando os animais.

Esse cão foi abandonado pela família há quatro meses. Eles o deixaram na antiga casa alugada e não o levaram para o o novo lar. Sozinho, ficou sendo alimentado pela vizinhança e pela dona da casa (que não mora perto do local). Semana passada, conseguiu um local de passagem para que possa se recuperar de possiveis complicações, como verme e doenças de pele. Está com uma veterinária que não pode abrigá-lo por muito tempo. Já tomou remédio de verme, está com a primeira dose da vacina octupla, vacinado contra raiva e será castrado ainda esse mês.

Contato: Rozelia (88309787) / [email protected]​m

Problemas da Obesidade Canina

Durante este longo período de convívio entre o homem e o cão e devido à falta de instrução, diversos cães saborearam bons pratos de comida, porém, sem todos os nutrientes necessários, junto a maus hábitos.

Hoje, cerca de 40% dos cães levados aos Pet Shops sofrem de obesidade. Esta costuma afetar mais as fêmeas do que os machos e certas raças mais do que outras, como por exemplo, Labrador, Rottweiler, Beagle e Basset Hound.

Afinal, o que é um cão obeso?

É aquele que apresenta não apenas um excesso de peso mas um acúmulo excessivo de gordura no corpo, pois o excesso de peso pode ser devido somente a uma retenção de água ou uma grande massa muscular.

A obesidade é fácil de ser percebida, devido a uma certa deformação física, em virtude dos depósitos de gordura localizados ou generalizados. Um cão em estado normal tem suas costelas visíveis quando movimenta-se e as mesmas são fáceis de palpar.

Causas da obesidade

A causa mais comum, é a superalimentação. É fácil observar que cães obesos comem mais do que precisam. O nome dado a isto é “balanço positivo de energia”.

Para uma alimentação correta, este balanço deve ser nulo, ou seja: o cão deve receber somente o que gasta. A energia fornecida deve compensar exatamente as necessidades fisiológicas (crescimento, gestação, lactação, etc) e atividades físicas (caça, pastoreio, esportes, etc). Para ser mais claro: se o cão tem pouca atividade física e/ou é do tipo que dorme boa parte do tempo, deve receber uma quantidade muito pequena de energia, pois qualquer petisco a mais irá engordá-lo.

A recíproca é verdadeira, por isso, em alguns casos, cães que participam de competições como Agility, mesmo comendo rações super premium (qualidade máxima), ainda ocorre a necessidade de complementar sua alimentação com suplementos.

Outras causas de obesidade

Estima-se que 25% dos cães sofram de disfunções hormonais e 15% tenham a chamada “obesidade do stress”, que ocorre por falta de atividade, solidão e, em alguns casos, até por carência de atenção, o que leva o cão a consumir alimentos em excesso como forma de aliviar a tensão (cão insaciável).
Complicações devidas a obesidade
As conseqüências imediatas, como diminuição da resistência, contornos pouco graciosos, etc, não são nada em comparação com as múltiplas complicações que se podem produzir:

  • Altos riscos cirúrgicos;
  • Predisposição a diabetes;
  • Dificuldades cardio-pulmonares;
  • Transtornos no aparelho locomotor;
  • Patologias nas funções reprodutivas;
  • Predisposição a enfermidades infecciosas e transtornos cutâneos;

Como vencer a obesidade

  • O dono precisa convencer-se do estado de obesidade de seu cão (cão gordo não necessariamente é um cão bem tratado. Isso é coisa do passado);
  • Caso seu cão alimente-se de ração, siga rigorosamente as indicações do fabricante quanto a quantidade de ração a ser fornecida;
  • Não deixar ração a vontade;
  • Fracionar a ração ao longo do dia para que o cão tenha sempre a sensação de estar saciado, ou seja, no lugar de dar 300g de uma só vez, fornecer 3 refeições de 100g;
  • Dispensar as guloseimas: o biscoito pela manhã, o pedacinho de queijo a tarde, o bifinho a noite, etc;

Estes petiscos, na maioria dos casos, são utilizados de forma incorreta. Na verdade, foram criados para serem dados ao cão durante o treinamento, como prêmios, um incentivo ao aprendizado. Vale esclarecer que biscoito algum faz o milagre de limpar os dentes do cão (isto é puro marketing para aumentar as vendas do produto). O que limpa os dentes é a ação mecânica de roer ossos ou a escovação periódica.

  • Fazer com que o cão faça exercícios regularmente;

Se após todas estas medidas seu animal continuar com excesso de gordura, é indicado estabelecer um programa preciso de emagrecimento junto ao veterinário que o trata. Este poderá utilizar alimentos dietéticos industrializados, uma dieta caseira, exercícios, etc.

Adaptação do texto de Dra. Marília Russi de Carvalho (CRMV-SP 3652)

Existem cães Mini?

Cão (cachorro) mini realmente existem? Acompanhe aqui, tudo sobre eles.

O comércio de cães está cada vez mais concorrido, o que gera apelação por parte de alguns criadores. Junta-se isso à mistura de compradores leigos no assunto e que querem cães cada vez menores.

Chegam pessoas querendo Poodle Zero, Yorkshire Mini, Maltês Micro, Pinscher 0, etc.
Que tal dar uma esclarecida nisso tudo?

Vamos lá:

  • Não existe Maltês Mini, Micro ou Zero;
  • Não existe Pinscher Micro ou Zero;
  • Não existe Poodle Mini, Micro, ou Zero;
  • Não existe Yorkshire Mini, Micro ou Zero;

Entretanto, algumas raças possuem a definição de Miniatura, como Pinscher, Schnauzer etc.

Alguns criadores criam esses termos e os demais acabam tendo de seguir, pois chegam clientes dizendo: “Só quero se for o Mini”. Quando explicamos que não existe, o cliente acha que estamos mentindo, por não termos tal filhote.
Isso acaba gerando muitos descontentamentos por parte dos clientes, por comprarem um Poodle Micro Toy e este ficar do tamanho de um Bull Dog (a título de exemplo).

Falar por falar, é muito fácil, então, vamos nos embasar por fontes confiáveis.

Pedigree

O Pedigree, nada mais é, que a certidão de nascimento de um cão.
Contém todo a árvore genealógica do cão, além do seu tamanho (se na raça, houver definição por tamanho).

É a prova de que seu animal é puro.
O Pedigree é feito pela CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia).

CBKC

Representa a FCI.
Órgão responsável por exposições oficiais, divulgação de padrões, ranking e, emissão de Pedigree.

FCI

Fédération Cynologique Internationale.
Órgão internacional, responsável pelos padrões das raças.
Nomeia entidades em todo o mundo, para representá-la em diversos países.

Definição dos Padrões

Agora que você já tem uma noção de como tudo funciona, vamos ao que interessa.
De acordo com a CBKC (seguindo as regras da FCI), só existe:

OBS: Estes padrões são utilizados também em competições.

Esclarecimento

De todas estas nomenclaturas, a mais aceita é a do Poodle Micro Toy, que consiste no Poodle com até 25cm (a medição vai do dorso ao chão).
Porém, como as demais, ela não é oficial. Portanto, se você comprar um “Yorkshire Mini”, “Poodle Micro Toy”, “Maltês Zero” etc, não espere que isto venha escrito no Pedigree de seu bichinho, por mais que ele seja muito pequeno, pois não virá.

Não acredite em qualquer pessoa que promete tamanho e qualidade. Prometer é fácil, difícil é cumprir. Pesquise com calma, pois sua escolha durará cerca de 20 anos. Não é como comprar um brinquedo.
Sempre pergunte se o animal tem Pedigree, verifique o nome do canil e sua reputação.

Lembre-se que, quando perceber que seu animal não está nos padrões prometidos pelo vendedor, você já estará bastante apegado para simplesmente trocá-lo.

Pesquisas que levaram a este artigo:

  • cachorro mini
  • mini cachorro
  • cachorros mini
  • mini caes
Obesidade Canina

Em um estudo conduzido com animais de estimação nos Estados Unidos, entre 25% e 40% de todos os animais foram condiderados com excesso de peso ou obeso. Já é bastante conhecido o fato de que a obesidade tem efeitos prejudiciais a longo prazo na saúde geral dos mamíferos. Entre tais problemas de saúde encontram-se a doença músculo-esquelética, diabetes mellitus, doença cardiovascular, comprometimento da competência imunológica, e morte prematura. Assim, evitar a obesidade é a melhor abordagem para se ter uma vida longa e saudável.

Contudo, há que se dizer que é possível aliviar, ou porque não, eliminar certos riscos à saúde, que estão associados a obesidade em cães e gatos, simplesmente através da perda de peso. A restrição alimentar no início ou no meio do ciclo de vida em roedores foi igualmente efetiva na redução da incidência da doença renal e cardíaca.

Ademais, a restrição dietética no final do ciclo de vida reverteu as degenerações relacionadas à idade no turnover protéico. Em um estudo conduzido com proprietários de cães com displasia e osteoartrite radiográfica, diagnosticados como fora do peso ou obesos, a perda de peso teve um efeito positivo.

A perda de peso efetiva depende de se criar um equilíbrio de energia negativo, ao se forçar o animal a utilizar as reservas de gordura para energia.

A redução da ingestão alimentar diminui a ingestão energia, mas diferentes nutrientes podem ter efeitos diversos no metabolismo e na saciedade. Portanto, o uso de uma dieta de nutrientes modificados poderá facilitar uma perda saudável de peso comparada com a restrição simples das dietas de manutenção.

GORDURAS E CALORIAS

A gordura é a caloria mais densa dos nutrientes, contendo aproximadamente 2.25 vezes mais calorias por grama que o carboidrato ou a proteína.
Dietas que são altas em teores de gordura são geralmente mais elevadas em energia metabolizável.

Dados de pesquisas epidemiológicas e de estudos controlados sugerem que dietas com teores elevados em gordura contribuem para a evolição da obesidade especialmente em gatos.

Existem evidências comprovadas de que a perda de gordura corporal efetiva é facilitada pelo uso das dietas com teores baixos de gordura. Quando cães acima do peso foram alimentados com uma dieta elevada em gordura e baixa em fibras ou uma dieta baixa em gordura e elevada em fibras, com mesmo consumo calórico, os cães alimentados com dieta de baixa gordura perderam significativamente mais massa gorda, apesar da perda de peso total serem semelhantes nos dois grupos.

A restrição energética severa poderá facilitar uma perda de peso rápida, mas poderá não promover um controle de peso a longo prazo.

O índice de perda de peso pode afetar a composição dessa perda, com a diminuição rápida do peso que aumenta a perda da massa corporal magra. Os órgãos que abrangem a massa corporal magra são os condutores primários da energia basal do metabolismo, por utilizarem a energia a índices bem acima do uso de energia do tecido adiposo.

Portanto, uma perda excessiva de massa corporal mara durante a perda de peso, poderá resultar em uma redução dos requerimentos energéticos e contribuir para um ganho de peso. A perda de peso rápida, realmente aumentou as chances de novos ganhos de peso em cães quando comparadas com as dietas com índice de perda mais lento.

FIBRA

A fibra dietética se refere às fontes de carboidrato que não são tipicamente digeridas pelas enzimas da classe mammalia no trato gastrintestinal. A fibra pode ser usada para diluir o conteúdo de energia metabolizável de uma dieta. Além disso, possui um número de efeitos fisiológicos que podem ser especialmente benéficos para o controle da obesidade.

Pesquisas com voluntários humanos têm demonstrado que a fibra dietética pode proporcionar um efeito de saciedade. Isto é, a fibra pode reduzir ou retardar o retorno da ensação de fome, permitindo assim uma redução na ingestão de calorias, sem o estresse da fome prolongada.

Infelizmente, cães e gatos não conseguem verbalizar seus sentimentos, então outros meios são usados.

Um método comumente usado para avaliar a fome em camundongos e cães é monitorar o consumo de um alimento fornecido por provocação e oferecido algum tempo depois de suas refeições regulares.
Se o animal estiver saciado, ele consumirá menos do alimento fornecido por provocação, do que se estiver com fome. O uso desta metodologia tem desmontrado que a fibra dietética realmente proporciona o efeito de saciedade em cães e reduz seus consumos voluntários de calorias.

A energia necessária para digerir e absorver os nutrientes dietéticos soma-se à aproximadamente 20% da energia consumida. Uma porção substancial desta energia é usada para dar suporte às células de replicação rápida da mucosa gastrintestinal. A fibra dietética induz a hipertrofia do trato gastrintestinal e aumenta o turnover celular que utiliza energia adicional. Assim, não apenas a fibra dietética pode ser usada para diluir as calorias dietéticas totais e aumentar a saciedade, mas também pode aumentar o dispêndio de energia metabólica.

PROTEÍNA

Em geral, não é reconhecido que os animais possam manter o equilíbrio do nitrogênio e ao mesmo tempo se encontrarem em um estado deficiente de proteínas. Pode-se chegar a este estado tanto através de uma redução na taxa do turnover protéico como pelo uso das reservas de proteínas advindas da massa muscular magra. A redução do turnover da proteína secundária à ingestão protéica inadequada poderá levar a uma diminuição da competência imunológica e a um aumento da suscetibildiade ao estresse, tais como, das infecções e das lesões. A deficiência subclínica da proteína em cães poderá resultar no aumento da gordura corporal, assim como na redução da massa corporal magra, cuja perda está associada com a evolução do estado mórbido e da mortalidade em humanos, cães e outros animais.

A manutenção da massa corporal magra durante o período de perda de peso representa um componente importante de um processo bem sucedido de emagrecimento. Manter a massa corporal magra pode ajudar a controlar o dispêndio de energia e facilitar a manutenção do peso a longo prazo, devido a utilização de energia metabólica relativamente maior do tecido magro. Ademais, a preservação da massa corporal magra poderá auxiliar o animal a manter as taxas do turnover protéico, que permitem uma rápida redistribuição dos aminoácidos para dar suporte a síntese imediata das proteínas essenciais à vida. Vários estudos controlados têm atualmente demonstrado que uma proporção aumentada de proteínas em dietas de baixa caloria resulta no aumento da perda de gordura corporal ou reduz a perda de massa corporal magra.

Em um estudo em cães com excesso de peso, o aumento da proteína dietética poupou a massa corporal magra, facilitando uma perda maior de peso quando comparada com dietas baixas em proteína, usadas no processo de emagrecimento.

Cães alimentados com 20% de calorias advindas da proteína perderam cerca de duas vezes mais massa corporal com uma menor perda de gordura, quando comparados com cães alimetnados com dietas cujo conteúdo representva 30 ou 39% de calorias advindas da proteína.

CONCLUSÕES

Muitas variantes têm sido apresentadas que afetam as probabilidades de um processo de emagrecimento bem sucedido.
O emagrecimento rápido de uma restrição excessiva de calorias pode aumentar as probabilidades de novos ganhos de peso, quando comparado às taxas de um processo de emagrecimento mais lento.

O índice de perda de peso e a composição da dieta podem afetar a composição da perda de tecido.
Interações entre a gordura dietética, o carboidrato e a proteína podem afetar muitos componentes do emagrecimento, incluindo a saciedade, a segurana, composição e eficiência da perda de peso.

Entre as características dietéticas que parecem facilitar a perda de gordura corporal enquanto que ao mesmo tempo minimiza a perda de massa corporal magra, inclui a redução da gordura dietética e energia, aumento da fibra dietética e a relação proteína : caloria.

OBS: Texto retirado na íntegra de “NUTRIENTES NAS DIETAS DE PERDA DE PESO PARA CÃES (Proteção específica para cães acima do peso)”, escrito por PURINA.